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segunda-feira, 3 de maio de 2010

CONTEUDOS HISTORIA SOBRE ROMA

Matéria sbre ROMA -Prncipais Acontecimentos
Aos ALUNOS DO 1º A e B - Prof. Carlos Alberto
R O M A


A principal característica da história romana foi a sua expansão
territorial. Roma foi o grande império da antigüidade.
A história romana tem a seguinte periodização:
- Monarquia - de 753 a.C. à 509 a.C.
- República - de 509 a.C. à 27 a.C.
- Império - de 27 a.C. à 476 d.C.

MONARQUIA.

É um período caracterizado pelas lendas. A própria fundação da
cidade no ano de 753 a.C. está ligada à uma tradição: Enéias, que
participou da guerra de Tróia, chega à Itália e funda uma cidade -
ALBA LONGA. Os gêmeos Rômulo e Remo, descendentes de Éneias,
foram abandonados no rio Tibre. Uma loba os amamenta. Foram
recolhidos por um pastor que os educa e, mais tarde fundaram a
cidade de Roma.
A história, porém, atesta que Roma provavelmente surgiu como
uma fortificação militar - por volta do século VIII a.C. - para
defender-se dos povos etruscos.
A economia no período era baseada na agricultura e no
pastoreio. A estrutura social era formada pelos patrícios, que eram os
grandes proprietários; os clientes, que recebiam amparo e proteção
dos patrícios e os plebeus, que ocupavam a base da sociedade:
artesãos, comerciantes e pequenos proprietários.
Segundo a tradição, houve em Roma sete reis, sendo que o
último - Tarqüínio, o Soberbo - foi expulso do poder em virtude de
seu despotismo. Com sua expulsão, inicia-se o período republicano
em Roma.

REPÚBLICA.

A principal instituição de República romana será o Senado,
responsável pela direção de toda política romana. Formado por
patrícios, que ocupavam a função de forma vitalícia, o Senado era o
responsável pela condução da política interna e da política externa.
Escolhia os magistrados, que eram cargos executivos.
Os magistrados eram indicados anualmente e possuíam funções
específicas de natureza judiciária e executiva. A seguir as principais
magistraturas de Roma:
- Consulado: magistratura mais importante, ocupado
por dois militares. Um agia em Roma e outro fora
de Roma. Em casos de extrema gravidade interna
ou externa, esta magistratura - como de resto, as
outras também - era substituída pela DITADURA -
uma magistratura legal com duração de seis
meses.
- Tribunos da plebe: representantes da plebe junto
ao Senado. Possuíam o poder de vetar as decisões
do Senado que afetassem os plebeus, assegurando
assim seus direitos.
- Questor: responsável pela arrecadação de
impostos.
- Pretor: encarregado da justiça civil.
- Censor: zelava pela moral pública ( a censura) e
realizava a contagem da população ( o censo ).
- Edil: cuidava da manutenção pública - obras,
festas, policiamento, abastecimento.
Para completar a organização política, restam as Assembléias
que eram em número de três:
- Assembléia Centuriata: a mais importante da
República. Responsável pela votação de todas as
leis. Monopolizada pelos patrícios.
- Assembléia Tribunícia: composta pelas tribos de
Roma. Aqui a votação era coletiva, pela tribo. O
número de tribos de patrícios era maior do que de
plebeus.
- Assembléia da Plebe: uma conquista dos plebeus.
Tinha por finalidade escolher os tribunos da plebe.
As leis votadas nesta assembléia serão válidas a
todos os cidadãos, trata-se do plesbicito.
A luta entre patrícios e plebeus.
A sociedade romana, como já se observou, era formada por
patrícios, clientes e plebeus.
O monopólio do poder político exercido pelos patrícios,
acompanhado pelas pesadas obrigações, impostas aos plebeus - tais
como o pagamento de impostos, serviço militar obrigatório em época
de guerras e o risco de tornarem-se escravos por dívidas - provocou
enormes tensões sociais entre estas duas classes. Os plebeus
buscavam a igualdade social e política.
Através de conflitos, os plebeus conseguiram várias conquistas,
a saber:
- criação da magistratura do Tribuno da Plebe em
494 a.C..
- Lei das Doze Tábuas em 450 a.C., codificação das
leis.
- Lei Canuléia de 445 a.C. , autorizando o casamento
entre as classes.
- Lei Licínia de 367 a.C. que aboliu a escravidão por
dívidas.
- Lei Hortênsia de 287 a.C. que estabeleceu que as
medidas tomadas na Assembléia da Plebe
tivessem validade política ( plebiscito ).

A expansão territorial romana.

Roma surgiu como uma fortificação para proteger-se das
invasões estrangeiras. A evolução militar romana foi excepcional e,
ao longo da Monarquia e início da República, os romanos já haviam
conquistado toda a península Itálica. Com estas conquistas, Roma
passa a exercer uma política imperialista ( de caráter expansionista ),
entrando em choque com CARTAGO - importante colônia fenícia no
norte da África - que controlava o comércio marítimo no
Mediterrâneo.
O conflito entre Roma e Cartago, as Guerra Púnicas, inicia-se
em 264 a.C., quando Roma anexou a Sicília, e estende-se até o ano
de 146 a.C. quando o exército romano, comandado por Cipião
Emiliano destruiu Cartago.
Atraídos pelas riquezas do oriente, Roma conquista a
Macedônia, a Grécia, o Egito e o Oriente Médio. A parte ocidental da
Europa, a Gália e a península Ibérica também foram conquistadas.

As conseqüências da expansão romana.

A expansão territorial trouxe profundas mudanças na estrutura
social, política, econômica e cultural de Roma.
1. Houve um enorme aumento da escravidão, já que os
prisioneiros de guerra eram transformados em escravos.
2. O surgimento dos latifúndios e a falência dos pequenos
proprietários. As terras anexadas ao Estado, através das
conquistas possuíam o status de "ager publicus", destinadas
aos camponeses. No entanto o patriciado acaba apossandose
destas terras e ampliando seu poder.
3. Processo de marginalização dos plebeus, resultado do
empobrecimento dos pequenos proprietários e da expansão
do escravismo, deixando esta classe sem terras e sem
emprego.
4. O surgimento de uma nova classe social - os Cavaleiros ou
Homens-novos - enriquecidos pelo comércio e pela
prestação de serviços ao Estado: explorar minas, construir
estradas, cobrar impostos etc...
5. Aumento do luxo e surgimento de novos costumes, em
decorrência da conquista do Império Helenísitco. Como
exemplo, o culto do Mitraísmo.
6. Como resultado da marginalização dos plebeus e do
desenvolvimento do escravismo, houve um enorme êxodo
rural, tornando as cidades superpovoadas, contribuindo
para uma onda de fome, epidemias e violência. Para
controlar esta massa urbana, o Estado inicia a Política do
Pão e Circo - a distribuição de alimentos e diversão gratuita.
Com isto, o Estado romano impedia as manifestações em
favor de uma reforma agrária.
7. No plano militar, o cidadão soldado foi substituído pelo
soldado profissional, que passou a ser fiel não ao Estado
mas sim ao seu general. O fortalecimento dos generais
contribuiu para as guerras civis em Roma.

A crise republicana

A) Os irmãos Graco.
A situação de marginalidade dos plebeus, o aparecimento dos
latifúndios; levaram alguns tribunos da plebe a proporem uma
reforma agrária: foram os irmãos Tibério e Caio Graco.
Os irmãos Graco tentaram melhorar as condições de vida dos
plebeus por meio de uma reforma agrária e de uma lei frumentária.
As terras públicas ( o Ager publicus ) seriam utilizadas para
transformar o pobre urbano em camponês, bem como a ampliação
da distribuição de alimentos. Mediante estas reformas, acreditavam
os tribunos, as tensões sociais diminuiriam.
Os dois irmãos foram assassinados...

B) Os generais Mário e Sila.

O desaparecimento do cidadão soldado veio fortalecer o poder
individual de alguns generais, que se utilizavam da popularidade
diante de seus soldados para manterem-se no poder. Destaque para
o general Mário e o general Sila que levam seus exércitos a conflitos
pela disputa do poder político. Estes conflitos políticos, com fortes
conotações sociais estão na origem das chamadas guerras civis.
Durante estas guerras internas, outros generais destacaram-se
como Pompeu e Júlio César.

C) Triunvirato.

Período em que o governo de Roma estava dividido entre três
generais.
O primeiro Triunvirato foi composto por César, Pompeu e
Crasso. Com a morte de Crasso, César e Pompeu travam uma disputa
pelo poder, resultando na vitória de Júlio César e no início de seu
poder pessoal, que dura até o ano de 44 a.C., ano de seu
assassinato.
O segundo Triunvirato era formado por Caio Otávio ( sobrinho
de Júlio César ), Marco Antônio e Lépido. Aqui também haverá uma
intensa disputa pelo poder pessoal. No ano de 31 a.C., com a vitória
de Caio Otávio sobre Marco Antônio tem início o poder pessoal de
Otávio, que se tornará o primeiro imperador romano.

IMPÉRIO.

A principal característica do Império Romano é a centralização
do poder nas mãos de um só governante. O longo período das
guerras civis, contribuiu para enfraquecer o Senado e fortalecer o
exército.
Caio Otávio será o primeiro imperador de Roma e receberá uma
série de títulos, tais como: Augusto ( honra dada somente aos deuses),
Tribuno da Plebe vitalício e Príncipe ( o primeiro cidadão do Senado).
O seu governo vai do ano 31 a.C. até o ano 14 d.C. Realizou
reformas que contribuíram para a sua popularidade: ampliou a
distribuição gratuita de trigo para a plebe e de espaços para a
diversão pública ( a famosa Política do Pão e Circo ), efetuou uma
distribuição de terras aos soldados veteranos e foi um protetor dos
artistas romanos.
Seu período é conhecido como a PAX ROMANA, dado ao
fortalecimento do exército, a amenização das tensões sociais - graças
à política do pão e circo - e a pacificação das províncias do império.
O período imperial romano é dividido em dois momentos: o Alto
Império, marcado pelo apogeu de Roma; e pelo Baixo Império, que
representa a decadência e queda de Roma.

A) ALTO IMPÉRIO.

Formado pelas chamadas dinastias de ouro. É o momento de
grandiosidade de Roma tendo as seguintes dinastias:
a) Júlio-Claúdios ( 14 - 68 )
b) Flávios ( 69 - 96 )
c) Antoninos ( 96 -192)
d) Severos (193-235).
À partir do ano de 235, inicia-se um período de crises em
virtude do enorme custo para a manutenção do exército. Os gatos
militares minavam as finanças do Estado, que era obrigado a
aumentar os impostos. Esta política provoca tumultos e revoltas nas
províncias.
A crise militar acarreta o fim do expansionismo romano,
contribuindo - a médio prazo e de forma contínua - para diminuir a
entrada de mão-de-obra escrava em Roma. A chamada crise do
escravismo está na raiz da queda de Roma.

A crise e a queda De Roma.

Toda a riqueza do Império Romano advinha do uso da mão-deobra
escrava, conseguida pela expansão territorial.
À partir do século III, como forma de conter os excessivos
gastos militares, Roma cessou suas conquistas territoriais,
acarretando uma diminuição no número de escravos e,
conseqüentemente, uma expressiva queda na produção agrícola.
Como resultado desta crise econômica o Estado romano passa a
aumentar, de forma sistemática, os impostos. O aumento dos
impostos reflete em um aumento no preço das mercadorias, gerando
um processo inflacionário. Diante desta situação, a política de pão e
circo deixa de existir - pois o Estado não pode mais arcar com a
distribuição gratuita de alimentos - contribuindo para aumentar as
tensões sociais.
Como se não bastasse tudo isto, as fronteiras do Império
Romano começam a serem invadidas pelos chamados povos
bárbaros, trazendo um clima de insegurança e pânico a todos.

Conseqüências da crise imperial.

-ÊXODO URBANO: uma saída da população urbana para o
campo, fugindo da crise econômica e dos bárbaros. No campo, esta
população tinha uma oportunidade de trabalho pois, em virtude da
diminuição do número de escravos, os grandes proprietários passam
a necessitar de força de trabalho.
-O COLONATO: como solução para a falta de força de trabalho e
de uma forte onda inflacionária, desenvolve-se no campo o regime de
colonato, onde o grande proprietário arrenda lotes de terras para os
camponeses que, em troca, trabalhavam e produziam para o grande
proprietário. O colono passa a ser um homem preso à terra. A
economia passa a ser auto-suficiente.
-INFLAÇÃO: com a queda da produção agrícola, o Estado tem
sua arrecadação de impostos diminuída e, em contrapartida, um
aumento das despesas - como a manutenção do exército para a
defesa das fronteiras dos ataques bárbaros. Na falta de dinheiro, o
Estado passa a exercer uma política emissionista ( emissão de moeda
) provocando uma desvalorização do dinheiro. Sem dinheiro, o Estado
inicia a sua falência.
-CRISE MILITAR: sem recursos para manter o exército, o
Estado romano passa a recrutar bárbaros para defender as suas
fronteiras, que em troca do serviço prestado recebiam terras.
No campo, a ausência militar e a necessidade de garantir a
propriedade, leva o grande proprietário a contratar mercenários para
a defesa da terra, criando um exército pessoal.
-O CRISTIANISMO: um outro elemento que contribuiu para a
crise de Roma foi a difusão da religião cristã. O fortalecimento do
cristianismo ocorria, simultaneamente, com o enfraquecimento de
Roma. Os cristãos não aceitavam as instituições romanas, ligadas ao
paganismo; não reconheciam a divindade do imperador e não
aceitavam a escravidão.
As autoridades romanas iniciam uma política de perseguição
sistemática aos cristãos, considerando-os culpados por todas as
calamidades que ocorriam. No entanto, quanto mais os cristãos eram
perseguidos e torturados, maior o número de adeptos.
Reformas do Baixo Império.
Procurando evitar o colapso político-administrativo total do
Império, alguns imperadores empreenderam algumas reformas, com
o objetivo de reestruturar o império.
DIOCLECIANO: dividiu o poder imperial em quatro parte - a
tetrarquia - procurando aumentar a eficiência administrativa ao
descentralizar a organização do Estado; reintroduziu o serviço militar
obrigatório; incentivou o regime de colonato; editou a lei do Preço
Máximo, para combater a inflação; ampliou a perseguição aos
cristãos.
CONSTANTINO: sucessor de Diocleciano, realizando a
reunificação do Império e transferindo a capital de Roma para
Bizâncio na parte oriental do Império ( futura Constantinopla ); o
Édito de Milão (313) , legalizando o cristianismo. Esta medida tinha
também um interesse econômico. O pagão, de perseguidor passa a
ser perseguido, e seus bens ( maiores que os do cristão ) confiscados
pelo Estado, constituindo assim, uma forma de aumentar o erário
estatal.
TEODÓSIO: realizou a divisão do Império romano em duas
partes:
Império romano ocidental - Roma
Império romano oriental - Constantinopla
À partir do século IV a pressão dos bárbaros sobre as fronteiras
de Roma aumenta. Uma imensa onda de tribos - fugindo dos Hunos -
inicia a penetração na parte ocidental de Roma.
Por conta da fraqueza interna, Roma foi saqueada e dominada
no ano de 476 por Odoacro, que se declarou rei da Itália. Esta data é
considerada o ponto final da história romana. Quanto ao lado oriental
de Roma, este sobrevivi até o ano de 1453 com o nome de Império
Bizantino.

Cultura romana.

A cultura romana foi profundamente influenciada pela cultura
grega. O teatro será um dos divertimentos de Roma. Os romanos
gostavam ainda das lutas de gladiadores e corridas de biga. O
martírio dos cristãos também servia de entretenimento.
Na literatura - cuja época de ouro foi o período de Augusto -
destacam-se Horácio, Virgílio e Tito Lívio autor de "A História de
Roma".
A principal contribuição dos romanos para a posteridade foi,
sem dúvida alguma, no campo do Direito. O Direito romano continua
a ser a base da ciência do Direito ainda hoje.
Outro importante legado é o latim, origem de muitas línguas
modernas, tais como o português, o italiano, o francês e o espanhol.
Para finalizar, o grande desenvolvimento de Roma - em todos
os aspectos, assim como o grego - só foi possível graças ao uso do
trabalho escravo.
CONTEUDOS DA GRÉCIA OS ALUNOS DO 1º A e B
(Façam bom proveito)
Prof. Carlos Alberto

O Mundo Grego

A história da Grécia, como de outras civilizações, foi fortemente
condicionada pelo ambiente geográfico. A península Balcânica e muito
recortada e cercada por centenas de ilhas - tanto no mar Egeu, no
mar Jônio e no mar Mediterrâneo. O seu relevo é muito montanhoso
e com um solo árido. Em decorrência disto, os gregos irão atribuir
uma enorme importância às atividades mercantis. O solo e o clima
auxiliam o desenvolvimento da cultura de oliveira, de vinho e ao
pastoreio ( cabra e ovelha). Para suprir as necessidades de sua
população, os gregos irão se dedicar ao comércio marítimo, resultado
o processo de colonização.
Dos povos do mundo antigo, os helênicos foram os que
melhores refletiram o espírito do homem ocidental. A idéia de
liberdade, o racionalismo, o conceito de cidadania, a filosofia e as
bases da ciência moderna surgiram como glorificação grega ao
espírito humano.
O processo histórico da civilização Helênica está assim dividido:
1.Período Pré-Homérico - século XX a.C ao século XII a.C .
2.Período Homérico - século XII a.C ao século VIII a.C.
3.Período Arcaico - século VIII a.C ao século VI a.C .
4.Período Clássico - século V a.C ao século IV a.C.
As características de cada período serão analisadas a seguir.

Período Pré-Homérico.

Do povoamento da península Balcânica à
Primeira Diáspora.

A península Balcânica já era habitada pelos pelasgos desde o
final do período Neolítico. À partir de 2000 a.C., povos de origem
indo-européia - os Helenos - começam a entrar na região. Os helenos
eram uma mistura de raças que falavam uma língüa de filiação indoeuropéia
e possuiam essencialmente a mesma cultura.
Os primeiros helenos foram os Aqueus que dominaram as
cidades de Micenas, Tróia, Tirinto e, por fim, conquistaram a ilha de
Creta. Com o domínio aqueu sobre Creta originou-se a Civilização
Micênica.
A seguir, nova onda de helenos sobre a península, desta feita
são os chamados Jônios e Eólios, que se fixaram na Ática e na Ásia
Menor.
A última leva foi a dos Dórios ( 1200 a.C. ) que se
estabeleceram no Peloponeso. Possuindo armas de ferro, os dórios
arrasaram as principais cidades da Hélade, provocando uma onda de
horror e destruição, causando uma dispersão dos povos para fora da
península - a chamada Primeira Diáspora grega e um regresso na
organização social, econômica e política das comunidades. Como
conseqüência deste retrocesso resulta a formação do SISTEMA
GENTÍLICO.
A Primeira Diáspora ocorreu em direção às ilhas do mar Egeu e
à Asia Menor.

Período Homérico.

O sistema gentílico e a sua crise.
A principal fonte histórica para a compreensão deste período
têm sido os poemas épicos Ilíada e Odisséia , atribuídos à Homero.
Ao que tudo indica, as obras foram escritas em momentos diferentes,
sendo que a Ilíada descreve a Guerra de Tróia e a Odisséia narra as
peripécias do astuto Ulisses, em sua viagem de volta para Ítaca após
a Guerra de Tróia.
Com a invasão dos dórios, há um acentuado declínio da
organização social, que retrocedeu à formas muito simples.
Formaram-se os GENOS que eram grupos de parentes
consangüíneos, descendentes de um mesmo antepassado.
Os genos constituíam uma unidade econômica, social, política e
religiosa. A seguir as suas principais características:

ECONOMIA: de consumo, ou seja, auto-suficiente; os bens de
produção eram coletivos; predomínio da agricultura e ausência da
propriedade privada.

SOCIEDADE: uma relativa igualdade social em virtude da
ausência da propriedade privada.

POLÍTICA; o exercício do poder político estva com o paterfamilias
(o patriarca) responsável pelo culto dos antepassados.
Com o passar do tempo, a comunidade gentílica começa a
enfrentar problemas, sendo que o principal será o crescimento
demográfico. Este crescimento demográfico um enorme desequilíbrio
econômico, pois a produtividade agrícola continua a mesma. Tal
situação provoca uma onda de fome, miséria e epidemias.
Com estes problemas a serem solucionados, tem início o
surgimento da propriedade privada: terra, gado e instrumentos são
divididos. Nesta divisão, alguns serão beneficiados - origem dos
grandes proprietários; outros se tornarão pequenos proprietários e
um grande número de indivíduos ficarão sem terras.
Como consequência desta crise, há a desintegração do sistema
gentílico e o início de uma nova organização política, que será a
marca principal do mundo helênico: a PÓLIS.
A crise gentílica também será a responsável pela chamada
SEGUNDA DIÁSPORA grega, que será o processo de colonização
grega de áreas do mar Mediterrâneo ( norte da África, sul da Itália,
da França e Espanha ).

Período Arcaíco.

A formação e o desenvolvimento das
Póleis.

Como vimos, à partir da crise do sistema gentílico, os gregos
conhecem a formação das cidades-estado (Pólis) e realizam a
colonização do mar Mediterrâneo. Primeiro observe os fatores desta
colonização:
- crescimento demográfico e a crise dos genos;
- existência de um número muito grande de pessoas sem
acesso à terra;
- escassez de alimentos e terras férteis;
- desenvolvimento da arte de navegação.
O processo de colonização grega deu-se no mar Mediterrâneo,
mar Negro, o sul da Itália e da Gália. Destas áreas coloniais
provinham o trigo, o azeite, o vinho, ferro e estanho para a Hélade.
Deve-se Ter em mente que as colônias gregas não ficam
submetidas às metrópoles - cidades fundadoras - nem política, nem
militarmente. O vínculo da colônia com a metrópole era de caráter
econômico e cultural.
Como conseqüências da colonização têm-se: o desenvolvimento
do comércio marítimo grego, a introdução da moeda para facilitar as
trocas comerciais, o desenvolvimento da escrita, o processo de
codificação da lei e o urbanismo.
A importância do período arcaíco se estende. Foi nesta época
que a cidade-estado desenvolveu-se. Suas principais características
serão agora analisadas.
Toda cidade-estado é rigorosamente autônoma: leis próprias,
moeda própria e sistema político próprio. Este arraigado sentimento
de liberdade foi, em boa parte, influenciado pelo relevo grego: entre
as planícies surgem as cidades, separadas uma das outras por
maciços montanhosos.
Uma pólis era constituída pela Acrópole- construção na parte
mais elevada da cidade e com função militar e religiosa; a Ágora -
praça pública, que era o espaço utilizado para o debate político.
Desenvolveu-se no mundo grego mais de 160 póleis,
primitivamente governadas por um rei, o Basileu. Destas duas
merecem destaques: ATENAS e ESPARTA, agora analisadas.

ESPARTA e o militarismo.

Localizada na planície da Lacônia e tendo como fundadores os
dórios, Esparta, ao longo do século VIII a.C. passa por grandes
transformações. Estas transformações estão ligadas ao processo de
conquista da planície da Messênia, o que acarretou um enorme afluxo
de escravos. A escravidão levou Esparta a realizar uma alteração no
regime de terras. As centrais - que eram as mais férteis, passaram a
ser do estado, que cedia seu usufruto aos cidadãos espartanos. Cada
lote de terra já vinha com um certo número de escravos. As terras
periféricas eram entregues aos periecos, que pagavam impostos ao
estado.
Desta forma, Esparta vai apresentar o seguinte quadro social:
Espartanos ou Espartíatas: grupo dominante com direitos
políticos e militares;
Periecos: homens livres, porém sem direitos políticos e que se
dedicavam aos trabalhos rurais e urbanos;
Hilotas: os escravos pertencentes ao Estado.
A sociedade espartana era voltada para as atividades bélicas,
daí ser a educação eminentemente militar. Este militarismo irá
desenvolver a xenofobia, ou seja, uma aversão aos estrangeiros e o
laconismo, que significa o não desenvolvimento do senso crítico.
Também ao longo do século VIII a.C. Esparta atinge a
maturidade política, consolidando o regime oligárquico, no qual o
exercício do poder político e de exclusividade dos grandes
proprietários de terras.
A constituição política de Esparta, atribuída a Licurgo apresenta
o seguinte organização:
GERÚSIA: principal instituição. Composta por 28 gerontes,
responsáveis pelas leis, escolha dos membros dos Éforos e da
Diarquia.O cargo era vitalício.
ÉFOROS: formavam o poder executivo. Composto por 05
magistrados indicados pela Gerúsia e aprovados pela Ápela. Mandato
anual.
ÁPELA: a Assembléia dos cidadãos. De caráter consultivo e
aprovava as decisões da Gerúsia.
DIARQUIA: dois reis, indicados e com poderes vitalícios.
Possuiam as funções militar e sacerdotal.

ATENAS E A DEMOCRACIA.

Constituída pela união de aldeias da Ática, Atenas possuía uma
localização geográfica privilegiada: um excelente porto e uma
proteção natural contra ataques estrangeiros. Desde cedo, a
atividade mercantil terá um importante papel. Atenas será uma
cidade com intensa atividade comercial, o que vai representar o
desenvolvimento de uma complexa sociedade, esquematizada
abaixo:
EUPÁTRIDAS: grupo politicamente dominante, formado pelos
grandes proprietários de terras.
GEORGÓIS: camada dos pequenos proprietários. A situação de
pobreza deste grupo é tanta que muitos se transformam em escravos
por dívidas.
DEMIURGOS: são os trabalhadores urbanos.
THETAS: Grupo marginalizado e sem terras. Muitos se dedicam
às atividades comerciais.
METECOS: comerciantes estrangeiros.
ESCRAVOS: ou por dívidas ou adquiridos em guerras.
Constituem a principal força de trabalho. Produtores da riqueza no
mundo grego.

Os conflitos políticos de Atenas.

A classe comerciante de Atenas, organizada no partido Popular,
pressiona o governo, representado pela aristocracia, reunida no
partido Aristocrático. O partido Popular tinha como metas o fim das
leis orais, o fim da escravidão por dívidas e exigia uma maior
participação nas decisões políticas. Da pressão das camadas
populares - algumas bastante violentas - a aristocracia ateniense fez
algumas concessões. Em 621 a.C., Drácon elaborou uma legislação
escrita e, em 594 a.C. Sólon foi o responsável por um conjunto de
reformas na economia- criando um padrão monetário, de pesos e
medidas; na sociedade - abolindo a escravidão por dívidas e, no
campo político estabeleceu o voto censitário, onde a participação
política dar-se-ia pela riqueza do indivíduo.
As tensões sociais não diminuíram, apesar das reformas acima,
possibilitando a ascensão de Psístrato, o primeiro tirano de Atenas,
no ano de 560 a.C. A fase da tirania prossegue com Hípias, Hiparco e
Iságoras. A tirania é caracterizada pela realização de obras públicas e
pela ampliação de reformas, para conseguir o apoio popular.

A Democracia ateniense.

Durante o governo de Iságoras, houve uma aliança de alguns
nobres atenienses com Esparta, resultando em novos conflitos
sociais. Destes conflitos, Clístenes - um aristocrata - assume o poder
e inicia uma série de reformas políticas e sociais, sendo por isto
reconhecido como o pai da democracia ateniense. Entre suas
reformas destacam-se:
- aumento no número de ciadadãos, organizados nos DEMOS
(unidade política que forma a tribo. O cidadão deve estar
inscrito em uma tribo.);
- implantação da isonomia, que significa a igualdade dos
cidadãos perante as leis;
- criado o ostracismo, ou seja, a cassação dos direitos do
cidadão
que fosse considerado perigoso para o Estado.
A democracia ateniense vai apresentar a seguinte constituição:
ECLÉSIA: Assembléia dos cidadãos, possuia o poder de vetar as
leis. Composta por todos os cidadãos.
BULÉ: responsável pela elaboração das leis. Formada por 500
cidadãos indicados pela Eclésia.
HELIÉIA: formada por doze tribunais, responsáveis pela
aplicação da justiça.
ESTRATEGOS: Poder Executivo composto pelos estrategos,
eleitos pela Eclésia. Mandato anual.
A democracia ateniense será direta e limitada. Direta pois os
cidadãos estão reunidos em praça pública tomando as decisões e
limitada. Estavam excluídos do exercício político os escravos,
pequenos proprietários, trabalhadores urbanos e todas as mulheres.
A atual democracia é ilimitada, significa dizer que à partir de
uma certa idade, todos têm direitos políticos. No entanto esta
democracia não é direta, mas sim representativa.
Durante o governo de Péricles (444 a 429 a.C.) a democracia
ateniense atinge o seu apogeu.

Período Clássico - a época das
hegemonias.

Período marcado pelo imperialismo e pelas hegemonias.
O imperialismo antigo está caracterizado pelas Guerra Médicas,
disputa das cidades gregas contra o expansionismo dos persas.
Em 490 a.C. os atenienses venceram os persas na planície da
Maratona. À partir desta vitória, os atenienses passam a liderar as
demais cidades gregas contra os persas, através de uma liga militar,
A Confederação de Delos. No ano de 448 a.C., com a assinatura do
Tratado de Susa, os persas reconhecem o domínio dos gregos no mar
Egeu.
Com o fim da guerra, Atenas passa a exercer uma hegemonia
política e cultural sobre as demais póleis. A Confederação de Delos foi
mantida - sob o argumento de que os persas podiam voltar - e o
pagamento de tributos voltados para a guerra continuaram a serem
cobrados. Estes recursos foram aplicados para o desenvolvimento de
Atenas.
Este período de esplendor ateniense, o século V a.C. é
conhecido como o "Século de Péricles" , ou "Século de ouro",
marcado pelo aperfeiçoamento das instituições democráticas, pela
construção de obras públicas e pelo grande desenvolvimento das
artes e do pensamento filosófico. Fídias, Sófocles, Heródoto e
Sócrates são alguns dos nomes deste período.

GUERRAS DO PELOPONESO.( 431 a 404 a.C.)

Trata-se de uma guerra civil, contra a hegemonia de Atenas e
contra a Confederação de Delos.
A cidade de Esparta declara guerra à Atenas no ano de 431 a.C.
e organiza uma liga militar, a Liga do Peloponeso.
Com o final das guerras em 404 a.C., Esparta inicia uma
hegemonia militar sobre as cidades gregas.
As guerra civis continuam por um certo período, Tebas exercerá
também um domínio sobre as póleis.
Estas guerras internas enfraquecem as cidades gregas,
possibilitando a invasão de um povo estrangeiro, os macedônicos.

Período macedônico - o mundo
helenístico.

A história autônoma do mundo grego estende-se até o ano de
338 a.C. , quando Filipe da Macedônia conquista a Grécia, após a
Batalha de Queronéia. A vitória macedônica foi facilitada pelas
rivalidades internas das cidades gregas.
Com a morte de Filipe, seu filho Alexandre Magno ocupa o
poder é inicia uma grande expansão territorial, formando o Império
Helenístico. Este império era formado pela Macedônia, Grécia, Ásia
Menor, Egito, Mesopotâmia, Assíria e Pérsia.
A civilização helenística é consequência da fusão cultural
helênica
(grega) com a oriental ( Egito e Pérsia), caracterizada pela política de
casamento entre os gregos e os orientais, pela manutenção dos
cultos religiosos e pelo predomínio do grego como idioma oficial. Os
principais centros de difusão do helenismo foram as cidades de
Alexandria, Pérgamo e Antióquia.
Em 323 a.C. com a morte de Alexandre Magno, o império foi
dividido em quatro partes: Mesopotâmia, Egito, Ásia Menor e Grécia.

CULTURA GREGA.

RELIGIÃO - elemento fundamental da unidade cultural grega.
Caracterizada pelo politeísmo e antropomorfismo, quer dizer, os
deuses gregos assemelhavam-se aos homens, tendo a imortalidade
como a única distinção.
TEATRO - Muito apreciado pelo gregos a ponto de existirem os
festivais anuais. Os principais gêneros foram a tragédia e a comédia.
Seus principais representantes são:
Tragédia- Ésquilo, autor de Os Persas, Os sete contra Tebas e
Prometeu Acorrentado.
Sófocles, com as peças Édipo-rei e Antígona.
Eurípedes, com enorme senso crítico e autor de
Médeia.
Comédia - Aristófanes, que escreveu As rãs, As vespas e A paz.

terça-feira, 27 de abril de 2010

TRABALHO ESCRITO ALUNOS 2º A - GEOGRAFIA

Os alunos do 2º ano do EJA, deverão pesquisar na apostila, na biblioteca e na internet, sobre os temas abaixo descriminados, formando assim um trabalho em grupo de duas pessoas, que deverão ser entregue até o dia 17 de maio de 2010, valendo 4.0 pontos.

TEMA PRINCIPAL: ESPAÇO,PODER E TERRITÓRIOS NACIONAIS

  • Um mundo com povos e culturas diferentes;
  • Lingua, religião e identidade cultural;
  • Povos, nações e estados do mundo;
  • Fronteiras e nações: a luta pelo território;
  • As disputas territoriais e por zonas de fronteira;
  • Fronteiras e territórios em mutação;

TRABALHO ESCRITO ALUNOS 3º A e B-GEOGRAFIA

Todos os alunos do 3º A e B do EJA do Bernardo Sayão, em grupo de duas pessoas, deverão apresentar o trabalho abaixo descriminado para o dia 17 de maio de 2010, com valor de 4.0 pontos.

MATÉRIA DE GEOGRAFIA


TEMA: A AGROPECUÁRIA NO BRASIL
Sub-temas:
  • Estabelecimentos ou imóveis rurais; A área de lavouras e depastagens;
  • Estrutura Fundiária: Minifúndio e latifúndio improdutivo;
  • A Função social da terra: O difíciol à propriedade da terra;
  • Movimentos Sociais no campo: Ligas Camponesas; MST; UDR;
  • A Agropecuária Moderna

terça-feira, 6 de abril de 2010

Importancia do Dinamizador para auxiliar os professores e alunos do Colégio Bernardo Sayão.


A navegar pesquisando da minha função do dinamizador de Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação, encontrei um texto que a pessoa foi muito feliz em descrever esta função. E para facilitar e não querer inventar, faço questão de socializar com vocês um artigo de Adriana LIma da escola Estadual Duca Viggiano, que salienta sobre a importância do trabalho do dinamizador.

Convido meus colegas dinamizadores e outros interessados a lerem o artigo acima e deixar seus comentários aqui neste blog para que nossa função possa ser mais valorizada. Espero ouvir você.
Olá, sou Carlos Alberto Vidal de Oliveira e estou como professor dinamizador do Laboratório de Informática Educacional do Colégio Estadual Bernardo Sayão, na cidade Uruaçu-Goiás.

Minha área de atuação é geografia e história, mas como dinamizador, estarei recebendo e repassando aos professores todas as áreas disponíveis no colégio.

Espero contar com sua visita e sugestões, que estarei sempre que possível à disposição dos blogueiros.
Abraços
Prof. Carlos Alberto